Como estão as nossas conversas em meio às relações interpessoais? Estamos nos sentindo realmente escutados/considerados pelos outros ou apenas despejando e absorvendo as visões, angústias e opiniões — nossas e dos outros, sem sentir que de fato a conversa foi significativa, que gerou ainda mais conexão e empatia com o outro, sendo uma troca que trouxe benefícios?
Uma conversa satisfatória nos tira do nosso automatismo e nos lança em um espaço onde estamos curiosos, atentos, criativos e cheios de entusiasmo para compartilhar e ouvir o outro com interesse genuíno. Essa troca nos tira de um estado de apatia e traz mais vida, nos faz dizer o que nunca dissemos antes. O olhar do outro em uma conversa profunda, pode evocar em nós o que há de melhor, mesmo quando não nos damos conta. Esse olhar elevado é capaz de lançar luz em potencialidades e nos fazer manifestar qualidades que nem sonhamos possuir. Conversas assim nos deixam animados, com tesão pela vida.
E como cultivar conversas que possam evocar esse entusiasmo e que sejam satisfatórias? Sendo uma pessoa que é uma ouvinte atenta e autoconsciente, além de uma correspondente confiável e honesta dos temores do seu coração e da sua mente. A chave para a criação de conexão com os outros é a vulnerabilidade e confiança, criando contextos onde nos sentimos seguros o suficiente para nos expressarmos de coração aberto. Essas posturas levam a conversas mais significativas, que nos transformam e impactam o outro. Sabe aquelas conversas onde estamos imersos e conectados, sendo nós mesmos e que nem percebemos o tempo passar? Sim, você sabe quando está em uma.
Podemos cultivar mais conversas assim uma vez que olharmos para dentro e agirmos com mais autenticidade, sem respostas prontas, sem narrativas para vencer argumentos. Não queremos nos sentir superior em algo, não queremos comparar ou provar nada, queremos apenas conexão e sentir que estamos vivos, vistos pelo outro. Uma conversa que expressamos o que ainda não foi dito. Descobrimos a nós mesmos e o outro em uma conversa satisfatória. E elas nunca terminam!
Como é para vocês, como estão as suas conversas e o que elas têm influenciado em suas vidas? Abração, seguimos!
